DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 11ª
parte... (A Surpresa)
Quando me acalmei fui para o meu quarto, tentar me esquecer daquela
noite, e quando cheguei lá realmente tinha uma caixa para mim, mas estava tão
exausta tão cansada que nem dei muita atenção, tomei um banho deitei em minha
cama e só acordei no dia seguinte, quando acordei me lembro que acordei com um
sentimento de calma e felicidade, mesmo tudo tendo acontecido horas antes, e de
eu ter ficado com tanta raiva, mas nesse momento me lembrei que eu havia
sonhado com meus avós, e eles me disseram que logo eu ficaria muito bem, que
teria que passar por isso mas que isso serviria pra me fortalecer, e me
disseram ainda que eles sempre estariam olhando por mim.
Então me levantei, vi a caixa que a Mel disse que havia deixado lá,
comecei a abrir aquela caixa, e tive uma mistura de sentimentos, saudade, medo
de mexer e sofrer, alegria por ter coisas que me faziam lembrar dos meus avós
mas o mais importante dos sentimento foi o de tranquilidade que invadiu meu
coração, então mexendo em tudo aquilo, entre fotos, cadernos, documentos
encontrei um envelope bem fechado que dizia, trabalhos escolares, na hora achei
estranho pois porque eles me enviariam os trabalhos que fiz pra escola, mas
assim que eu abri, eu percebi que não tinha nenhuma relação com os trabalhos da
escola, muito pelo contrário aquilo era pra que ninguém se interessasse em
abrir aquele envelope, quando abri tinha uma carta escrita pela minha madrinha,
que morava nas proximidades do sítio e era muito amiga da minha avó, na carta
ela me contou muita coisa entre essas coisas, ela disse algumas coisas sobre
meu pai, filho dos meus avós que minha avó havia contato pra ela e disse que se
um dia algo acontecesse a ela e que se eu tivesse que morar com ele por algum
motivo que ela deveria me contar tudo o que sabia, e foi o que ela fez, disse
que meu pai tinha um lado que eu não conhecia, (mas que a duras penas, eu já estava
vendo com meus próprios olhos), disse que ele não era tão bom quanto transparecia,
mas disse também que ele estava perdido e iludido, que não era pra eu me
afastar dele pois além de ser seu pai, eu ainda poderia fazer a diferença na
vida dele algum dia, e entre várias coisas ela me enviou uma carta do banco e
um cartão, esse cartão era referente aos depósitos que meu pai sempre fez para
os meus avós e que os mesmo quase nunca usavam e se usavam era uma quantia mínima,
sendo assim os valores depositados durante anos estavam lá, o que me rendeu uma
pequena fortuna, o que me deixou surpresa pois eu sempre soube dos depósitos,
mas nunca soube os valores que eram depositados, na carta estava escrito também
que eu nunca deveria revelar ao meu pai ou a ninguém sobre esses depósitos que
meu pai fazia e que meus avós passaram para uma conta em meu nome, pois ele nem
desconfiava que eles haviam feito isso. Eu fiquei surpresa com tudo isso, mas
guardei essas informações pra mim, e como foi pedido não revelei a ninguém sobre
nada disso, mas precisava guardar, o cartão, e a carta que o banco havia
mandado, um documento que meus avós haviam assinado me autorizando a movimentar
essa conta.
Foi então que mexendo nos outros itens da caixa eu encontro um porta retrato
com uma foto minha junto com meus avós, esse era um porta retrato antigo, e ele
era especial, uma vez minha avó me mostrou que ele teria mas utilidades do que
somente guardar fotos, ele tinha um espaço vazio na madeira onde você puxava uma
pequena parte dele e abria um vão onde você poderia guardar dinheiro ou papeis
que não faziam muito volume, então foi lá que eu guardei a o cartão e a carta
do banco, mas ninguém iria querer mexer naquele porta retrato, pois não era
nada além do que um porta retrato velho, pra quem não sabia da sua dupla função.
Depois de olhar e arrumar todas as coisas da caixa fui tomar meu café, fiquei
meio pensativa sobre tudo o que tinha lido, e não sabia o que fazer, tinha
apenas uma certeza, naquele momento iria apenas esfriar a cabeça e não fazer
nada; mas sabia que aquilo tudo de alguma forma iria mudar minha vida.
Enquanto estou tomando meu café, a Ana chega e me pergunta como estou,
eu digo pra ela que estou ótima muito bem mesmo, e ela fica feliz mas surpresa
com a minha resposta pois disse que pensava que eu estara triste pelo o que aconteceu
na noite anterior, e eu respondo sim fiquei muito chateada, triste e com raiva
mas, tive um sonho lindo e revelações interessantes de meus avós o que me
fizeram ver que não vai adiantar eu ficar me lamentando, hoje é um outro dia e
o dia está lindo, e eu não quero falar sobre assuntos e pessoas desagradáveis,
que tal a gente ir naquele lugar cheio de lojas onde compramos aquelas roupas,
meu pai me deu dinheiro essa semana e eu ainda estou com ele quase todo, não
gastei ainda.
Ela topou e fomos nos divertir no shopping.
Enquanto estávamos passeando, comentei que não queria passar a virada de
ano na casa com “minha família” ela me disse que meu pai havia deixado sua Mãe,
ela e o pai dela, irem para uma casa de praia que eles tinham pois ninguém iria
usar, e eles não estariam em casa pois iriam viajar para outro estado, ela
falou pra eu pedir pra passar a virada do ano com eles, ela disse que a casa
era muito linda, e assim eu fiz quando cheguei em casa fui tomar um banho e me
deitei para ler um livro, passado um tempo ouço meu pai e fui falar com ele
sobre passar a virada com a dona Ana, e sua família, ele não gostou muito da ideia
disse que preferia que todos passássemos juntos, mas falei que gostaria muito
de ir, então ele mesmo relutante permitiu, quando estávamos terminando nossa
conversa a mel vai chegando, e assim que terminamos, e meu pai saiu, ela me
olha e diz, isso mesmo entendeu o recado, é pra ficar bem longe de mim mesmo,
pois já viu o que pode te acontecer, não viu? e o que aconteceu ontem não foi
nem o começo...
Nossa nessa hora fiquei, com muita, mas muita raiva mesmo, e apenas
respondi:
Com um riso sínico háaa você acha que o que aconteceu ontem me abalou,
não chegou nem perto, e se você está pensando que eu estou indo por sua causa
está muito enganada, apenas não quero ter o desprazer de ter que olhar pra essa
sua cara, de quem chupou limão azedo, nem pra cara da sua mãe as duas são
farinha do mesmo saco, ou melhor são veneno da mesma serpente, e eu não tenho
medo de nenhuma das duas. Nessa hora o Tom chega pega uma maçã olha pra ela e
diz – ui essa doeu, e ai caipira está subindo no meu conceito, toma cuidado maninha
ela não é tão ingênua quanto parece; ele diz isso e sai e eu também, e ela fica
vermelha de raiva, sem muita reação na hora. Mas pouco tempo depois ela vai atrás
de mim e diz:
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