domingo, 22 de janeiro de 2017

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 13ª parte... (O beijo)

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA  13ª parte... (O beijo)
Terminei de arrumar minhas coisas, fui me despedir do meu pai, quando entro no quarto dele sinto um clima pesado no ar, os dois estavam conversando, e quando entrei a conversa foi interrompida, bom desejei um feliz ano novo pra ele e me retirei, fui pra casa da dona Maria pois já estava na hora de ir para casa de praia do meu pai, terminamos de arrumar as coisas e partimos para a casa na praia, mas antes dona Maria parou na casa da irmã dela pois a sobrinha dela a Bianca iria com a gente, ela tinha 18 anos era um ano mais velha do que eu e Ana.
Chegamos a praia já era noite, a casa era linda e a paisagem mesmo no escuro da noite parecia linda. Assim que chegamos fomos arrumar nossas coisas e ficamos as três em um único quarto, por preferência da gente queríamos ficar todas juntas pra fofocar, mas na verdade eu não via a hora do dia amanhecer pra que eu pudesse finalmente conhecer o mar, mas enquanto o dia não chegava nós começamos a aproveitar a noite, a casa ficava em um local lindo e havia um pequeno centro comercial não muito longe, então depois de arrumarmos nossas coisas e fofocar um pouco fomos comprar umas pizzas, chegamos, comemos e rimos bastante foi uma noite muito agradável a melhor noite desde que havia chegado a este mundo novo, depois todas nós fomos dormir, eu ainda demorei um pouco para pegar no sono pois estava ansiosa para ver a praia, e ainda me vinha a mente a pergunta, o que a Eva quis dizer com a frase (você vai ter o que merece, logo logo), sabia que teria muitas dificuldades nesse novo ano que estava por vir, mas também senti uma força enorme que não sabia de onde vinha mas ela estava lá, me fazendo não temer nada e sim querer enfrentar logo meus “monstros”, como ainda não sei dizer. Mas como diria minha avó Deus não te dá um fardo que você não possa carregar. Logo depois disso cai no sono; só acordando no dia seguinte com a Ana me chamando, vamos Mimi acorda, vamos tomar café para a gente ir na praia, dei um pulo da cama e fomos tomar café, logo depois seguimos para praia. Nossa que lugar lindo, mágico, já havia imaginado várias vezes, meu encontro com o mar, mas nem de longe meus pensamentos chegarão perto da realidade, eu achei muito, mas muito lindo mesmo.
E lá estávamos eu a Ana e a Bia corríamos, brincávamos, andamos a beira mar, catamos conchas, conversamos e nos divertimos muito, e conhecemos 3 garotos, Pedro, Joao e Marcelo eles eram muito legais, ficamos conversando e marcamos de tomarmos um suco no fim da tarde, pois a noite ficaríamos na casa para a ceia e iriamos para a praia novamente apenas para ver a queima de fogos; então fomos para casa, almoçamos tomamos um banho e partimos para encontrar os meninos, eles eram bem legais mas como nunca havia ficado com ninguém fiquei meio tímida, e as meninas perceberam e tentaram me deixar mas calma, ficamos conversando e marcamos de nos encontrar na praia a noite para ver a queima de fogos.
Quando chegamos em casa ficamos falando sobre os meninos, Ana se encantou por Pedro, a Bia ficou com João e eu fiquei até então apenas conversando com Marcelo.
as horas passaram, nós jantamos e depois da ceia fomos todas para a praia, chegando lá encontramos eles e cada uma foi pra um lado, e eu fiquei sozinha com Marcelo, mas como nunca havia ficado com ninguém estava muito nervosa, ele percebeu o meu nervosismo e apenas me abraçou e ficamos lá abraçados e conversando, quando de-repente começamos a ouvir a contagem regressiva, e logo em seguida aquela paisagem ficou ainda mais bela com todos aqueles fogos no céu que mais parecia estrelas coloridas lindas, e entre vários fogos de artifício o Marcelo me olha coloca meu cabelo atrás da minha orelha, passa a mão com carinho na minha nuca e me beija, nossa não teria como ser mais perfeito, meu primeiro beijo, não tenho como explicar a sensação que tive naquele momento, me senti nas nuvens, estrelas no céu, uma areia fofa nos pés e um anjo me beijando, naquele momento eu era a pessoa mais feliz do mundo. Ficamos juntos até o dia amanhecer vimos o nascer do sol, abraçados a beira mar, já não tinha quase ninguém na praia e ao nascer do sol ele me deu mais um beijo, nos abraçamos mas um pouco ficando em silencio, que foi quebrado com a chegada de Ana, Bia, Pedro e João, dizendo finalmente vocês dois desencantaram, demos muitas risadas, ficamos lá mas um pouco e voltamos para casa, chegando lá fomos tomar um banho, trocamos de roupas e ficamos falando da nossa noite casa uma contado suas histórias, entre umas histórias e outras descobrimos que o Pedro e o Marcelo que eram irmãos iriam estudar na mesma escola que a gente, e ficamos muito felizes, depois disso dormimos.
Nos dias que seguiram, ficávamos sempre nós seis, nos divertimos muito, mas como tudo o que é bom dura pouco, chegou a hora de partir e ver o que me aguardava, de volta a realidade, de uma nova vida, em um novo ano em um mundo novo que estava descobrindo.

Quanto à os meninos, a gente ia sempre se falar, mas ficamos de nos encontrar assim que o ano letivo começasse pois iriamos estudar na mesma escola, e assim acabou nossas curtas mas lindas férias.  

domingo, 15 de janeiro de 2017

Olá
Hoje vou dar minha opinião sobre algo que estou assistindo, agora sou assistindo ao conexão repórter, pessoas fúteis, mentirosa, gananciosas, não admitindo a verdade maquiando a verdade pra não ser prejudicado, meu que merda fala sério vc tem que ter um padrão pra ser aceito, vai se ferrar seu bando de hipócritas, modelos palitos, comeciais de roupas de lojas de grifes, mano, quantas pessoas na Rua tem padrão de modelo, querem vender roupas mostram em pessoas altas, magras, secas mas olhe a sua volta se no meio de 10 pessoas você encontrar 1 nesses padrões você, está encontrando muitas, o que eles querem dizer que nos pessoas comuns, baixos, gordos, medianos, anões somos inferiores, o que isso difere de Hitler que queria uma raça pura que só presta quem tem os padrões que eles querem, os outros são descartáveis, no que eles são melhores do que nós.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 12ª parte... (Ameaças)

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA  12ª parte... (Ameaças)

Você está louca, como ousa falar comigo dessa maneira, já chega, agora você pediu guerra e é assim que vai ser, se prepara, sua... eu a interrompo e digo: olha cala essa sua boca, estou de saco cheio de você, não vou deixar você fazer o que bem entende, se você mexer comigo eu vou ter que me defender será que você vai aguentar? E ela retruca dizendo - A tá quem você pensa que é acabou de chegar e quer me intimidar, você não é ninguém e eu vou te provar isso... com isso ela sai me deixando muito irritada, vou para o meu quarto e começo a pensar se fiz bem em provoca-la mas ao mesmo tempo me sinto forte por saber que não baixei minha cabeça novamente pra ela.
Quando estou em meu quarto a Ana chega e conto tudo pra ela e ela me diz que eu tinha que começar a me preparar para o ano que iria começar e principalmente pensar em como seria meu ano na escola pois ela estava no último ano e tinha uma turminha bem no estilo metido dela, e que se eu fosse estudar na mesma escola, teria que me preparar, eu disse que estava no 1º ano e que não iria ver muito ela, foi quando Ana me disse, mas você deveria ficar no mesmo ano pois lá os últimos anos se acham e gostam de humilhar as series mas baixas, e por falar em ano você não deveria estar no 3ª ano também pois tem a mesma idade de nós duas, assim poderíamos estudar juntas! e eu respondo que comecei a estudar com atraso, foi então que ela me deu uma informação que poderia mudar o meu ano, ela disse que tem uma prova de conhecimento e que quem tem idade fora do seu ano pode fazer pra ver se consegue pular um ou dois anos, disse que era difícil mas não impossível e se eu fizesse a prova, poderia ir para o terceiro ano também, fiquei muito interessada nisso, principalmente porque poderia estudar na mesma sala que minha amiga, em uma escola nova com muita gente que com certeza não fazia parte do mundo onde cresci, seria muito bom tê-la comigo.
As horas passaram e quando meu pai chegou, fui falar com ele sobre o assunto da prova, e ele me disse que conversaria com a direção, pois o diretor era amigo dele, e ele ficou de ver com ele depois me falava; sai da sala e fui direto até a casa da Ana contar a novidade, e ela me disse que eu precisaria estudar muito caso o meu pai conseguisse que eu fizesse a prova, pois como ela havia dito antes era uma prova muito difícil, e que seria bom eu usar o notebook que ficava no meu quarto pois isso me ajudaria muito a estudar, poderia fazer pesquisas que facilitariam pra mim, e eu disse que não sabia mexer naquilo, pois nunca havia usado um daqueles antes, e ela ficou de me ensinar a usar, mas disse que seria bom que eu fizesse um curso, mas como estávamos no fim do ano que não iria adiantar me matricular agora, sendo assim ela iria me ensinando e logo no início de janeiro iria me levar em uma escola, pra que eu fizesse um curso de informática, e assim fizemos, no mesmo dia ela começou a me ensinar o básico, eu que sempre tive muita facilidade em aprender, fiquei encantada com tudo o que podíamos fazer naquela coisa pequena...
Os dias se passaram, e no dia 29/12 todos se preparavam para a viagem que fariam para fora do país para poder passar a virada de ano. Eu estava aliviada de não ter que passar com eles, foi quando meu pai chegou e me perguntou tem certeza que quer passar seu primeiro réveillon com os funcionários da casa? Não prefere passar conosco, e eu prontamente respondi, não pai não quero, prefiro passar com a Ana minha amiga e sua família, até mesmo porque vocês estão indo viajar pra fora do país e eu não tenho passaporte e não daria tempo de tirar, e ele me olha surpreendido e diz nossa eu não tinha parado pra pensar nisso, você não tem passaporte, mas assim que eu voltar de viagem vou providenciar.
E eu ainda digo – pai mesmo que eu quisesse ir que não é o caso, não me sentiria bem, pois sua família não me suporta, ele me olha e diz novamente, assim que voltarmos irei providenciar seu passaporte, mudando assim de assunto, pois ele sabia que as pessoas, a quem ele considerava da família, não me suportavam, ele se retirou e eu fui para o meu quarto arrumar minhas coisas pois no dia seguinte também, iria viajar, com dona Maria e sua família pra casa de praia do meu pai, estava ansiosa pois ainda não conhecia o mar, e todos disseram que a praia, onde ficava a casa que meu pai tinha, era uma praia linda.
Quando estava terminando de arrumar minhas coisas, eis que entra alguém em meu quarto, para minha surpresa ela minha MÁdrasta... quando olho pra ela tomo até um susto, pois não esperava vê-la ali no meu cantinho, passado o susto pergunto se poderia ajuda-la e ela me responde com um tom seco, não se mete no meu caminho nem do da minha filha, fiquei sabendo que você a ameaçou mas cedo, e eu respondi que não, que ela estava enganada, que eu apenas estava me defendendo das ameaças dela, e ela me disse: escuta aqui, você veio atrapalhar minha vida, e eu não vou admitir isso, fica longe de mim e da minha filha, caso contrário você vai ter desejado nunca ter vindo pra cá.  Ainda bem que você teve a decência de não estragar o réveillon da nossa família, sua ... sua bastardinha, nessa hora eu não me contenho e digo, olha Eva a única bastardinha dessa história é a sua querida filha, pois ela não é filha legitima do meu pai, agora eu além de ter o nome do meu pai no meu registro ainda tenho o sangue, dele correndo em minhas veias, o que fica fácil de provar com um teste de DNA, já bastarda da sua filha, bom ela tem o que mesmo?

Nessa hora ela quase avança em mim, mas meu pai a chama, então ela apenas, diz: está começando a mostrar as garrinhas, bem que a Mel me disse, sendo assim você vai ter o que merece, logo logo, terminado de dizer isso ela se retirou com cara de poucos amigos...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 11ª parte... (A Surpresa)

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA  11ª parte... (A Surpresa)
Quando me acalmei fui para o meu quarto, tentar me esquecer daquela noite, e quando cheguei lá realmente tinha uma caixa para mim, mas estava tão exausta tão cansada que nem dei muita atenção, tomei um banho deitei em minha cama e só acordei no dia seguinte, quando acordei me lembro que acordei com um sentimento de calma e felicidade, mesmo tudo tendo acontecido horas antes, e de eu ter ficado com tanta raiva, mas nesse momento me lembrei que eu havia sonhado com meus avós, e eles me disseram que logo eu ficaria muito bem, que teria que passar por isso mas que isso serviria pra me fortalecer, e me disseram ainda que eles sempre estariam olhando por mim.
Então me levantei, vi a caixa que a Mel disse que havia deixado lá, comecei a abrir aquela caixa, e tive uma mistura de sentimentos, saudade, medo de mexer e sofrer, alegria por ter coisas que me faziam lembrar dos meus avós mas o mais importante dos sentimento foi o de tranquilidade que invadiu meu coração, então mexendo em tudo aquilo, entre fotos, cadernos, documentos encontrei um envelope bem fechado que dizia, trabalhos escolares, na hora achei estranho pois porque eles me enviariam os trabalhos que fiz pra escola, mas assim que eu abri, eu percebi que não tinha nenhuma relação com os trabalhos da escola, muito pelo contrário aquilo era pra que ninguém se interessasse em abrir aquele envelope, quando abri tinha uma carta escrita pela minha madrinha, que morava nas proximidades do sítio e era muito amiga da minha avó, na carta ela me contou muita coisa entre essas coisas, ela disse algumas coisas sobre meu pai, filho dos meus avós que minha avó havia contato pra ela e disse que se um dia algo acontecesse a ela e que se eu tivesse que morar com ele por algum motivo que ela deveria me contar tudo o que sabia, e foi o que ela fez, disse que meu pai tinha um lado que eu não conhecia, (mas que a duras penas, eu já estava vendo com meus próprios olhos), disse que ele não era tão bom quanto transparecia, mas disse também que ele estava perdido e iludido, que não era pra eu me afastar dele pois além de ser seu pai, eu ainda poderia fazer a diferença na vida dele algum dia, e entre várias coisas ela me enviou uma carta do banco e um cartão, esse cartão era referente aos depósitos que meu pai sempre fez para os meus avós e que os mesmo quase nunca usavam e se usavam era uma quantia mínima, sendo assim os valores depositados durante anos estavam lá, o que me rendeu uma pequena fortuna, o que me deixou surpresa pois eu sempre soube dos depósitos, mas nunca soube os valores que eram depositados, na carta estava escrito também que eu nunca deveria revelar ao meu pai ou a ninguém sobre esses depósitos que meu pai fazia e que meus avós passaram para uma conta em meu nome, pois ele nem desconfiava que eles haviam feito isso. Eu fiquei surpresa com tudo isso, mas guardei essas informações pra mim, e como foi pedido não revelei a ninguém sobre nada disso, mas precisava guardar, o cartão, e a carta que o banco havia mandado, um documento que meus avós haviam assinado me autorizando a movimentar essa conta.
Foi então que mexendo nos outros itens da caixa eu encontro um porta retrato com uma foto minha junto com meus avós, esse era um porta retrato antigo, e ele era especial, uma vez minha avó me mostrou que ele teria mas utilidades do que somente guardar fotos, ele tinha um espaço vazio na madeira onde você puxava uma pequena parte dele e abria um vão onde você poderia guardar dinheiro ou papeis que não faziam muito volume, então foi lá que eu guardei a o cartão e a carta do banco, mas ninguém iria querer mexer naquele porta retrato, pois não era nada além do que um porta retrato velho, pra quem não sabia da sua dupla função. Depois de olhar e arrumar todas as coisas da caixa fui tomar meu café, fiquei meio pensativa sobre tudo o que tinha lido, e não sabia o que fazer, tinha apenas uma certeza, naquele momento iria apenas esfriar a cabeça e não fazer nada; mas sabia que aquilo tudo de alguma forma iria mudar minha vida.
Enquanto estou tomando meu café, a Ana chega e me pergunta como estou, eu digo pra ela que estou ótima muito bem mesmo, e ela fica feliz mas surpresa com a minha resposta pois disse que pensava que eu estara triste pelo o que aconteceu na noite anterior, e eu respondo sim fiquei muito chateada, triste e com raiva mas, tive um sonho lindo e revelações interessantes de meus avós o que me fizeram ver que não vai adiantar eu ficar me lamentando, hoje é um outro dia e o dia está lindo, e eu não quero falar sobre assuntos e pessoas desagradáveis, que tal a gente ir naquele lugar cheio de lojas onde compramos aquelas roupas, meu pai me deu dinheiro essa semana e eu ainda estou com ele quase todo, não gastei ainda.
Ela topou e fomos nos divertir no shopping.
Enquanto estávamos passeando, comentei que não queria passar a virada de ano na casa com “minha família” ela me disse que meu pai havia deixado sua Mãe, ela e o pai dela, irem para uma casa de praia que eles tinham pois ninguém iria usar, e eles não estariam em casa pois iriam viajar para outro estado, ela falou pra eu pedir pra passar a virada do ano com eles, ela disse que a casa era muito linda, e assim eu fiz quando cheguei em casa fui tomar um banho e me deitei para ler um livro, passado um tempo ouço meu pai e fui falar com ele sobre passar a virada com a dona Ana, e sua família, ele não gostou muito da ideia disse que preferia que todos passássemos juntos, mas falei que gostaria muito de ir, então ele mesmo relutante permitiu, quando estávamos terminando nossa conversa a mel vai chegando, e assim que terminamos, e meu pai saiu, ela me olha e diz, isso mesmo entendeu o recado, é pra ficar bem longe de mim mesmo, pois já viu o que pode te acontecer, não viu? e o que aconteceu ontem não foi nem o começo...
Nossa nessa hora fiquei, com muita, mas muita raiva mesmo, e apenas respondi:

Com um riso sínico háaa você acha que o que aconteceu ontem me abalou, não chegou nem perto, e se você está pensando que eu estou indo por sua causa está muito enganada, apenas não quero ter o desprazer de ter que olhar pra essa sua cara, de quem chupou limão azedo, nem pra cara da sua mãe as duas são farinha do mesmo saco, ou melhor são veneno da mesma serpente, e eu não tenho medo de nenhuma das duas. Nessa hora o Tom chega pega uma maçã olha pra ela e diz – ui essa doeu, e ai caipira está subindo no meu conceito, toma cuidado maninha ela não é tão ingênua quanto parece; ele diz isso e sai e eu também, e ela fica vermelha de raiva, sem muita reação na hora. Mas pouco tempo depois ela vai atrás de mim e diz:

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 10ª parte... (O Natal)


Quem colocou essa coisa horrível na sala da minha casa? É claro ela disse; só poderia se aquelazinha, joga isso no lixo, o quanto antes, depois de amanhã minha decoradora vem pra arrumar nossa casa pra festa de natal e não quero essa porcaria ai! Quando ela me viu e falou, eu tenho que te aguentar aqui, mas não se intromete nas coisas dessa casa, fui clara? Apenas acenei que sim com a cabeça, e novamente me bateu aquela tristeza, eu não tinha feito nada de errado e mesmo assim, a única coisa que ela fez foi me maltratar.
Quando ela saiu a Maria percebendo minha tristeza, me abraçou e disse, sua arvore ficou linda, nuca a jogaria fora, se você me permitir posso deixa-la na minha casa? Sim, eu respondi já com alegria nos olhos, e ela me falou não se deixe abalar por essas pessoas seja mas forte do que elas, e você fez um ótimo trabalho, eu mesma iria comprar a arvore na minha casa mas com essa correria nem lembrei, dei um beijo em seu rosto; e ficamos lá conversando quando a Ana chega, então pergunto, que festa é essa que ela falou, vem mas alguém além da família? E a dona Maria, disse essa festa já virou tradição para os amigos do seu pai, eles contratam, buffet, garçons, copeiras tudo para essa festa ainda bem que eu não trabalho nesse dia.
Ana você, vai ficar na festa comigo, não vai? E Ana me responde – não Mimi infelizmente não vou poder eu e meus pais nunca participamos da festa, e eu disse a ela que ela era a única amiga que eu tinha e que iria pedir, para o meu pai deixar ela ir, e ela falou, não tenho vontade de participar, mas, se você quiser e seu pai deixar eu vou pra te fazer companhia.
Algumas tempo se passou, e quando meu pai chegou, fui falar com ele sobre a festa, e ele disse que ela poderia sim me fazer companhia, mas que precisaria de roupa descente para se juntar aos convidados, e eu perguntei se poderíamos comprar a roupa dela no dia seguinte, e me autorizou, fui toda contente falar pra Ana, mas nessa hora Eva que ouviu a conversa, disse já não basta ela, que vamos ter que explicar aos convidados de onde veio, agora a filha da empregada, não eu não vou permitir, e meu pai a interrompeu dizendo: Sim ela vai, pois Mirza não tem amigos, sua filha e você não fazem o menor esforço para faze-la se sentir bem nessa casa, então ela vai ter a companhia da amiga sim, e eu não quero mas tocar nesse assunto.
Ela saiu com cara de poucos amigos, e agradeci o meu pai, por um momento ele me lembrou aquele pai que eu conhecia, de dias atrás, mas logo ele falou, não quero que me cause problemas, entendeu, já não basta estar esse clima nessa casa desde a sua chegada. Ele se retirou e eu fui dar as boas novas para Ana.
O tempo passou, entre trancos e barrancos, mas passou, nesses dias minha amizade com a Ana só aumentava e a antipatia entre Mel e Eva, por mim só aumentava. O dia da festa chegou mas eu não fazia idéia do que me esperava...
Eu estava muito contente, pois iria ter uma festa de natal, que eu adorava comemorar, e Ana estaria comigo, mas como na minha vida nada é muito fácil, descobri de forma nada agradável, o que Eva e Mel planejaram pra mim naquela noite...
Eu e Ana nos arrumamos, e ficamos aguardando na casa da Ana, onde sua mãe havia feito uma ceia simples mas muito gostosa, comemos um pouco e por volta das 22:00 fomos para a mansão, quando chegamos lá já haviam muitas pessoas na casa; o jantar seria servido no jardim, que estava muito bonito, todos tinham cadeiras reservadas, a minha e a da Ana era a mais escondida possível, quase saindo do jardim, enquanto que a da “minha família” era praticamente no centro, mas uma vez fui excluída, mas na verdade nem liguei, pois estava com uma das poucas pessoas que gostava de mim na casa.
Pouco antes da ceia ser servida, enquanto a maioria dos convidados ainda estava na sala meu pai pediu, a atenção de todos os convidados e disse que iria aproveitar que estavam quase todos seus amigos ali para apresentar o mais novo membro da família, sim era eu, mas ele deixou claro que não entraria em detalhes, mas que desejava que todos os amigos conhecessem sua filha Mirza, alguns vieram me cumprimentar, mas os amigos da Mel, ficaram de longe cochichando e eu não entendia porque ficavam me olhando e falando, depois entendi o porquê, logo em seguida ao pronunciamento do meu pai, Eva foi até onde estava Mel e seus amigos e entregou uma chave para ela, olhei aquilo mas não dei muita importância, e logo em seguida fomos para o jantar, quando meu pai viu que minha mesa não era nem se quer próxima da dele, ele fez com que eu e Ana sentássemos junto com eles, e Eva não ficou nada contente, mas logo ouvi um comentário, que pude entender apenas após o jantar: ela falou – o que é seu está guardado...
Quando o jantar acabou, todos fomos ver a queima de fogos e trocar presentes, e de repente Mel me chama e diz – o seu presente eu esqueci de trazer, ele está lá dentro vem comigo, eu chamei a Ana para ir conosco, mas, ela disse, essa daí não, eu chamei apenas você, eu falei então depois eu pego, mas ela insistiu e Ana falou que me esperaria ali, sendo assim eu fui, mas... chegando lá eu tive uma grande decepção, ela abriu a porta e muitos de seus amigos, estavam lá, ela fechou a porta, com aquela chave que Eva tinha dado para ela horas antes, eu perguntei porque ela fechou a porta, e ela disse apenas senta e ficar quieta, já que eu vou ter que te aturar, e como você vai estudar na mesma escola que eu, quero que meus amigos te conheçam, assim eles saberão quem é você de uma vez por todas e você vai conhecê-los melhor e saber o quão amiga deles você vai poder ser, começou me mostrando em um telão, cada um de seus amigos, o que eles tinham onde moravam, para quais países já haviam viajado, seus bens, como carros, iates, jatinhos e depois de tudo isso foi a vez de mostrar o meu vídeo, uma montagem com várias fotos minhas e de meus avós, no sitio, fotos minhas arrumando a casa, cuidando da horta, dando comida aos porcos, colocando roupas no varal,  não tinha vergonha de onde eu vim, mas de repente, entendi o porquê ela estava fazendo isso, ela queria me diminuir diante deles, e todos começaram a rir de mim, e me falar que eu não era ninguém, disseram que não adiantava eu estar em roupas boas, pois não passava de uma maria ninguém, e que nunca faria parte daquela turma, nossa fiquei muito triste em ver que as pessoas eram julgadas por sua conta bancaria e não pelo caráter, senti muita falta da minha casa, minha vida simples e meus avós, quando ela abre a porta e todos saem rindo e dizendo, você é a melhor Mel, esse foi um natal incrível... rssssss, e eles saíram, ela ficou sozinha comigo e me disse não mexe comigo isso é apenas o começo, há e só pra avisar, pra vc não dizer que sou ruim, chegou uma caixa velha em seu nome, foi lá que encontrei todas essas fotos horríveis, a caixa esta naquele cubículo que você chama de quarto, fiquei lá sem muita reação, quando Ana chegou e me perguntou o que havia acontecido, expliquei e ela apenas me abraçou, como se fosse minha irmã!
Mas finalmente aquele dia havia chegado ao fim, e nada melhor do que um novo dia, e assim sendo meu dia se inicia, mas uma vez...

Mas dessa vez ele se iniciou com uma bela surpresa....

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 9ª parte...



Quando abri era a D. Maria, ela havia levado um lanche para mim pois a essa altura já passava das 15:00 horas e eu não tinha ido almoçar, agradeci e disse que não estava com fome, mas ela insistiu, então disse que comeria se ela me acompanhasse, então fomos até a cozinha e comemos o lanche que ela havia preparado, e nisso ela me contou um pouco de sua história, muito sofrida mas bonita, ela passou por muitas dificuldades, mas era feliz e o maior orgulho dela era Ana sua filha, que estava estudando na mesma escola da Mel e do Tom, pois meu pai pagava os estudos dela, e dona Maria disse que meu pai havia ajudado muito eles, e que eles estavam com ele desde quando ele começou a sua ascensão , ela e o Mario sabiam da história do meu pai, inclusive da minha existência, mas ele pediu que os dois nunca tocasse no assunto; muitas vezes era ela que fazia os depósitos, que meu pai mandava para os meus avós; Ela ainda mencionou que tinha muita vontade de me conhecer; e ainda me alertou dizendo que eu precisaria ser muito forte, pois esse mundo de dinheiro e poder ao qual estava prestes a entrar, haviam muitas pessoas, ruins e gananciosas, mas me disse também que sempre que eu precisasse que poderia contar com ela e com sua família. E assim, pela primeira vez em dias me senti acolhida.
O tempo se passou entre conversas e petiscos, que nem percebi a hora passar foi quando de repente enquanto estávamos conversando distraidamente na cozinha, eis que chega Eva, e no mesmo momento me olha com olhar sarcástico e diz - finalmente achou um lugar onde vc deviria ficar nessa casa! Na ala dos serviçais, virou as costas e saiu, nesse momento pergunto para dona Maria - ela é sempre assim? E ela me responde: daí pra pior, só continuo nessa casa por causa do seu pai, pois se dependesse dela já estaria muito longe daqui, conversamos mas um pouco, e pedi licença para a dona Maria, e voltei para o meu quarto. Tomei um banho e voltei a ler o meu livro, quando novamente ouço a porta, dessa vez era meu pai, veio falar comigo sobre a escola, O ano já está acabando e hoje recebi a ligação do policial, que falou sobre o que aconteceu com seus avós, ele me pediu o endereço, pra mandar a documentação da escola, assim poderei matricular você no ano que vem, pedi pra ele mandar em seu nome, quando a carta chegar me avisa pra que eu possa providenciar sua matrícula; e por falar em matricula, em que ano da escola você está mesmo? você começou a estudar tarde! que eu me lembro, com 17 já era pra você estar terminando o ensino médio, certo? mas como você começou a estudar mais tarde, em que ano você está?
Pai esse ano terminei a 8ªserie, e ele pergunta - mas você já passou de ano? Sim, eu respondo! já posso ser matriculada no 1ªano aqui.
Sim, mas já que você diz que passou vou providenciar sua matricula apenas para o ano que vem, enquanto isso tenta se adaptar a sua nova vida, começando por trocar esses trapos pois aqui nem os empregados se vestem tão mal, não quero passar vergonha com alguém olhando pra você nesses trapos e ouvindo que você é minha filha, já não basta a vergonha em ter que contar do meu passado para a minha família!
Nossa meu mundo havia virado de cabeça para baixo, e só piorava, não sabia mas o que pensar e não tinha a quem recorrer pra me ajudar, até então, foi quando, eu a conheci, alguém que iria mas pra frente ser minha melhor amiga...
E nossa amizade começou logo após essa conversa com meu pai, eu ficava cada vez mais triste, e não queria mais ficar naquele quarto, mas também não estava com nenhuma vontade de encontrar ninguém daquela casa, foi quando resolvi ir para o jardim, que era lindo, parei próximo a algumas flores afastada da casa e fiquei lá lembrando, como minha vida era simples e como eu era feliz e sabia disso, lembrando dos meus avós e de tudo o que havia acontecido comigo até ali, não contive as lágrimas e comecei a chorar, foi nesse momento que sinto alguém tocar em meus ombros, e uma leve brisa em meu rosto mas quando olho não vejo ninguém, só que isso não me assustou, muito pelo contrário me acalmou, logo em seguida vejo aquela que se tornaria minha melhor amiga, a Ana filha da dona Maria.
Ela chegou ao meu lado me abraçou, e disse não sei como nem porque mas tenho que te dizer, tudo vai ficar bem, passado algum tempo começamos a conversar, e ela me disse que estava em seu quarto estudando quando sentiu uma enorme vontade de ir naquela parte do jardim, ela disse que não entendeu muito, pois não gostava de ficar circulando pelos arredores da casa, pois não gostava de encontrar os donos.
Eu apenas sorri para ela e disse se minha avó tivesse te conhecido ela iria gostar de você, então nós ficamos papeando ali até que a dona maria nos chama, quando a gente entra ela me diz que meu pai está me esperando para o jantar, digo que vou jantar com eles, com a dona Maria e sua família, nessa hora meu pai entra na cozinha e diz – nada disso você vai se sentar à mesa com o resto da família todos temos que nos acostumarmos com essa situação, eu fui muito a contragosto, mas fui.
Chegando lá, todos fecharam a cara, dei boa noite a todos, mas ninguém me respondeu, tentei puxar assunto com a Melissa, dizendo – ano que vem vamos estudar juntas, acho que vai ser bom assim já vou conhecer alguém na escola, não é Melissa? ela me olha e diz: - sim você vai pra MINHA escola, mas nem pense em se quer olhar pra mim, não quero nem a sua sombra perto de mim ou dos meus amigos, já não basta ter que te suportar na MINHA casa, quando ela falou isso, eu não me contive, e disse essa casa agora também é minha, pois se eu não estou enganada ela está em nome do meu pai! Nessa hora o Tom fala - que ótimo! já está começando a mostrar as asinhas, parabéns estava começando a achar que vc era uma completa inútil, mas vejo que, não é tão ingênua quanto deixa transparecer, nessa hora minha madrasta, Eva o interrompe e fala, essa ai mal chegou e já está causando problemas não podemos mas ter uma refeição calma nessa casa? Quando ela falou isso, eu fui tentar me defender, mas meu pai não me deixou falar e disse que não queria ouvir mas nada de ninguém, terminamos o jantar em silêncio e todos se retiraram, ficando apenas eu e meu pai, que logo chamou a Maria e a Ana, perguntou se a Ana ainda iria pra escola, ela disse que já havia terminado e que estava estudando apenas pra fazer uma apresentação final de um trabalho, mas que só iria apresentar na segunda-feira, então ele pediu pra que Maria deixasse a Ana me acompanhar ao shopping no dia seguinte pra comprar roupas novas, e disse que seu Mario nos levaria, dona Maria concordou, logo em seguida ela e Ana se retiraram e eu fui para o meu quarto.
No dia seguinte ao me levantar todos já haviam saído, Mel havia ido à casa de uma amiga já que no dia anterior havia sido seu último dia letivo, Tom havia saído também, mas não sei pra onde ele não parava em casa mas ninguém se interessava muito sobre o que ele fazia, e como sempre a dondoca foi fazer sua ”dondoquices”, coisas de mulher desocupada, e meu pai foi para a empresa.
Quando Ana entra em meu quarto toda contente, dizendo vamos amiga, vamos fazer compras, depois por um instante ela parou e perguntou eu posso te chamar de amiga? E eu com uma grande felicidade ao ouvir que era considerada como amiga por alguém, disse claro, fico muito feliz em ter uma amiga assim tão leve e espontânea como você Ana.

Então nós tomamos o nosso café e partimos, quando chegamos aquele lugar enorme e cheio de lojas fique abismada, nunca tinha visto algo tão lindo, e ele estava todo enfeitado para o natal, que era minha época favorita no ano, ai me dei conta que faltava poucos dias para as festas de fim de ano, nesse momento notei que não havia nenhum enfeite na casa do meu pai, e junto com as roupas novas, comprei também uma arvóre e enfeites, pois queria um pouco do espirito natalino naquela casa, e pensei quem sabe assim as pessoas melhorem o seu humor, a Ana me viu comprando aquelas coisas e me disse que não sabia se era bom eu comprar, pois todo ano ia uma decoradora na casa enfeita-la para o natal, e eu respondi mas eu e meus avós sempre enfeitávamos a arvore juntos e queria fazer, enfeitar essa, assim quem sabe eles vejam, que estou tentando fazer algo de bom, ela concordou e fomos almoçar, depois que terminamos as compras e voltamos para a casa Ana ficou comigo em meu quarto para me ajudar arrumar minhas coisas. E finalmente depois de dias eu me sentia bem, quando terminamos a Ana foi para o seu quarto pois disse que precisaria terminar de ensaiar sua apresentação para o trabalho final. Quando ela saiu ainda fui montar a arvore e coloquei ela na sala, fiquei feliz quando a vi pronta, a deixei na sala e voltei para meu quarto, fui mexer em um celular que havia comprado no nosso passeio ao shopping, nunca tinha tido um, pena que não poderia usa-lo para falar com os meus amigo, pois onde morávamos não havia celular e se alguém levasse um não teria sinal. Fiquei distraída por um tempo quando ouço a Eva chamando a Maria, e ela não parecia feliz, foi quando ela disse...

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 8ª parte...(O PRIMEIRO DIA DO RESTO DA MINHA VIDA)

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 8ª parte...(O PRIMEIRO DIA DO RESTO DA MINHA VIDA)
O que você está fazendo aqui? Nessa hora meu pai, finalmente fala em meu favor – Ela é minha filha e vai tomar café com a gente, vocês não precisam gostar dela, mas o mínimo que eu peço é respeito, Nisso a mulher olhou pra ele com cara de poucos amigos e se retirou e logo em seguida os enteados de meu pai se retiraram, ficando assim apenas eu e meu pai.

- Agora uma pequena pausa pois vi que se faz necessário a partir daqui nomear as pessoas que fazem parte da minha vida, pra que se algum dia eu quiser que minha história seja vista por mas alguém, quero que essa pessoa saiba os nomes das pessoas que mudaram minha vida e a forma com que enxergo o mundo a minha volta; e eles são: meu pai Paulo, minha Madrasta Eva, a enteada de meu pai Melissa(que todos chamavam de Mel) e o enteado do meu pai o Jonathan (que todos chamavam pelo apelido Tom) e finalmente meu nome Mirza (mas algumas pessoas me chamam de Mimi).
  
Voltando, quando todos saíram, meu pai me olhou e disse que não queria que eu causasse problemas para a família dele, fiquei pensativa com o que havia acabado de ouvir, e o questionei mas pai, eu sou sua filha, e o senhor esta me excluindo da sua família? Eu não sou da sua família? E ele me deu uma resposta que me deixou quase; eu disse quase sem reação, ele me olhou nos olhos e disse, NÃO você não faz parte dessa família, até poucos dias atrás ninguém sabia da sua existência! eu tenho uma vida da qual você não fazia parte, você vivia com seus avós e eu nunca deixei te faltar nada, sendo assim, nunca achei que esse dia chegaria, o dia de ter que revelar para as pessoas, sobre o meu passado, sobre o lugar de onde eu vim, pois eu queria esquecer o meu passado, aquele lugar pobre e sem nenhuma perspectiva de vida, mas infelizmente eu tive você e enquanto meus pais cuidavam de você nunca precisei me preocupar, mesmo tendo que ir te ver algumas vezes no ano, pra que você não quisesse vir me procurar. Você estava feliz assim, e eu também, não te faltava nada e eu não me preocupava, achei que logo se casaria e depois disso continuaria vivendo sua vida naquele lugar que vc dizia gostar tanto e minha vida continuaria na mesma.
E eu perguntei, se não me queria aqui porque me trouxe? Eu pedi para ficar lá, era só ter me deixado, eu sei me cuidar!
E ele novamente falou, infelizmente você ainda é menor de idade, e como não tem mais ninguém que possa cuidar de você, eu tive que te trazer, pois se a deixasse, isso poderia complicar a minha situação ainda mais; e já que eu tive que te trazer, só peço NÃO ME CAUSE PROBLEMAS!
E ele saiu, voltei para o meu quarto, me perguntando porque, porque isso estava acontecendo comigo, depois de um tempo sem ter o que fazer fui andar pela casa, já que não havia ninguém, pois todos tinham ido seguir suas vidas normais, a Mel e o Tom foram para o colégio, a Eva foi pra academia, salão essas coisas, e meu pai havia ido para a empresa, ficando na casa apenas eu e os funcionários da casa, a Dona Maria, que cuidava da casa, sua filha Ana que tinha minha idade, e seu esposo Mario que cuidava do jardim e as vezes servia como motorista, essas depois de um tempo quando pude conhece-los melhor, vi que eram ótimas pessoas as melhores daquela casa; eles moravam em uma pequena casa que havia nos fundos da mansão, fora eles existiam também outros funcionários mas esses iam e viam todos os dias. 

Passado algum tempo que estava em meu quarto resolvi ir dar uma volta pela casa onde iria morar, para conhecer o lugar, rodando pela casa chego ao escritório do meu pai onde tinha muitos livros peguei um e voltei para o meu quarto fiquei lendo até pegar no sono, quando acordo com alguém batendo na porta do meu quarto

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 7ª parte...(CHEGANDO NO NOVO MUNDO)


Como posso descrever essa parte da minha saga...%¨&!@#$%
Vamos do início, o clima dentro do avião ficou pesado depois de começar a ver o pai que eu não conhecia, não trocamos nem se quer uma palavra durante todo o percurso, quando o avião pousou descemos e já tinha um homem esperando por nos dois, ele era o motorista do meu pai, quando entramos no carro meu pai com o olhar serio olhou pra mim e disse – tem uma coisa que preciso te contar, não contei antes pois nunca achei que estaria nessa situação se não fosse por isso você jamais saberia, ta bom pai mas o que foi que eu tenho que saber?
Já fazem 5 anos que me casei novamente e minha esposa que eu amo muito tem dois filhos uma menina um pouco mas velha do que você e um rapaz com 19 anos, e eu os amo como se fossem meus filhos também – mas pai porque não poderia saber sobre eles, porque nunca me contou, porque?
Isso não era da sua conta, não achei que um dia precisaria trazer vc pra vir morar aqui, minha esposa também não sabia da sua existência, ela ficou muito desapontada quando soube e meus filhos também então faça o favor de não me trazer mas problemas, mas pai que culpa eu tenho, nesse momento ouvi apenas um grosso e sonoro CALA A BOCA,  já basta eu estar brigado com minha esposa por sua causa não quero problemas fui claro? Apenas acenei com a cabeça dizendo sim.
Meu Deus o que eu fiz, porque estais me testando dessa forma, não parava de pensar que estava sozinha nesse mundo, que não podia contar nem com aquele que era meu exemplo.
Quando chegamos a mansão, sim uma mansão aquilo não parecia nem de longe com minha casinha no sitio, que tinha apenas um banheiro, meu quarto que cabia apenas minha cômoda e um guarda roupas pequeno, e meu radio que ficava em cima de uma banqueta, aquela casa tinha uns 5 quartos 3 suites,incontáveis banheiros, piscina, salas e mas salas, consegui me perder fácil naquele lugar. Assim que entramos na sala principal estava me esperando a esposa de meu pai e “seus dois filhos”, com olhares de desaprovação, desprezo, e até um pouco de nojo, minhas roupas eram simples, a maioria minha avó havia feito, meu cabelo estava preso e estava com chinelinhos, quando minha meia irmã me viu alem de me medir dos pés a cabeça, e me olhar com cara de poucos amigos soltou um, chegou a nova empregada, veio de tão longe pelo menos deve fazer um bom serviço riu e saiu da sala junto com seu irmão que apenas me olhou balançou a cabeça e se retirou junto com ela.
Já minha madrasta, falou o que vamos fazer com isso, não quero passar vergonha nos eventos da família, enquanto isso não tiver modos não quero ela em nosso meio, já basta ter que aceita-la em minha cãs contra minha vontade mas ficar convivendo enquanto ela for assim ei já é pedir demais, não tem a menor condição, meu pai não me defendeu apenas concordou e disse que eu não daria problemas, nossa não sei como tive forças pra não sair correndo daquele lugar.

Abaixei a cabeça e apenas perguntei se tinha algum lugar onde eu poderia me deitar, sim disse meu pai, chamou a empregada e mandou a mesma me levar para um dos quartos, mas no mesmo momento Eva minha madrasta interrompeu e disse, você não vai ficar no quarto de empregadas pois infelizmente você é filha do meu marido, mas o seu quarto é aqui em baixo no corredor ultimo quarto, meu pai perguntou mas amor lá não era o seu quarto de guardar suas pinturas, e ela pra vc ver tive que descola elas pra outro lugar por causa dela, prefiro ter esse trabalho do que ter que cruzar com ela nos corredores de cima,mas pra ela isso é luxo pra quem veio de um lugar sem graça, que não tinha nada que prestava.

A empregada veio e me levou, agradeci sua gentileza e quando ela saiu do quarto fechei a porta cai na cama e desabei em lágrimas, e assim cai no sono... foi quando dormindo tive um sonho com minha avó, ela vinha me fazia carinho no rosto e me disse, calma minha pequena, tudo vai passar, e eu disse como vó tudo só parece piorar, quando acho que não vou mas suportar levo outra rasteira, não quero ficar aqui, e ela novamente disse tudo ficará bem no final, você vai ser muito feliz, mas antes você vai precisar ser muito forte, pois você ainda vai passar por muitas provações, mas estarei sempre olhando por você, nesse momento acordei com os olhos cheios de lágrimas, muito triste, só que um pouco mas calma, uma calma que até hoje não consigo explicar, logo depois voltei a dormir, e fui dormir imaginando o que me aguardava quando acordasse...no dia seguinte quando acordei, tomei um banho e fui tomar café, assim que cheguei para tomar meu café, todos estavam a mesa, quando minha madrasta me olha e diz...

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 6ª parte...(MEU PAI)


Deixa-me contar um pouco sobre o meu relacionamento com meu pai, para que assim, talvez fique mas fácil de entender o meu espanto ao ser tratada de forma tão rude e áspera, por aquele que até aquele momento tinha como meu... Não tenho nem palavras para descrevê-lo, apenas posso dizer que eu o via como alguém, integro, capaz, forte, amoroso, gentil, amigo, nunca havia sequer pensado que ele pudesse ser alguém diferente, mas as aparências enganam. E se quer saber uma das lições que aprendi – então não esqueça, nunca, nunca mesmo se deixe levar pelo que as pessoas querem te mostrar, a primeira camada do ser humano pode ser muito ilusória, ele pode ser  muito sedutor e fazer com que você acredite apenas no que ele quer, então aprenda a enxergar nas entrelinhas e aprenda a ultrapassar a camada ilusória das pessoas, é difícil mas as vezes essa camada aparece quando se passa a prestar atenção a detalhes pequenos... Mas voltando ao meu relacionamento com meu pai... Ele me via umas 5 vezes no ano mas ou menos e passava no Maximo uma semana comigo, as vezes menos, mas era bom quando estávamos juntos ele era carinhoso, amoroso e gentil mas falava pouco sobre sua vida, e eu também nunca me interessei muito, sabia que tinha seu negócio próprio, que ganhava bem e trabalhava muito mas nunca me interessei muito por essas coisas, da sua vida pessoal ele nunca falava e quando alguém perguntava ele desconversava, mas eu fui descobrir o motivo quando fui morar com ele; o que foi uma grande surpresa, mas essa parte jaja eu conto.

No entanto até então ele era o melhor pai do mundo, só que NÃO!

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 5ª parte...


Quando chegamos a aeroporto, eu ainda muito triste, e essa tristeza que ainda não passou e até hoje quando lembro dos meus avós, anos depois ainda sinto uma profunda dor, pois eu os amava e amo mas que tudo nessa vida. Bom mas voltando ao aeroporto, mesmo triste não pude deixar de notar aquela estrutura gigantesca, uma escada que andava sozinha, olhei aquilo e fiquei pensando onde eu estou, pois nunca tinha ido alem da pequena cidade, no momento seguinte olho pra minha frente e uma porta se abre e muitas pessoas entram, mas não entendi porque eles entraram ai se é tão pequeno, e não da em lugar nenhum, quando do nada a porta se fecha e aquela caixa sobe, nossa que medo, já pensou se aquilo cai... mas o pior estava por vir, eu sabia o que era avião claro, morava em um lugar esquecido mas já vi no céus os aviões voando, mas quando olhei para baixo fora do prédio que estávamos e vi quilo nossa meu espanto foi enorme, e eu disse a gente vai andar nisso pai, sim ele respondeu, eu não vou pai por favor me deixa aqui, eu não quero andar naquela caixa que sobe e desce imagina entrar nesse avião...meu pai disse então que a gente iria apenas entrar e disse que se eu não gostasse que a gente sairia, eu acreditei pois meu pai nunca havia mentido pra mim, ao menos era isso que eu pensava até então, ai ele  entrou em uma fila e eu o acompanhei, depois entramos em um corredor e sentamos em umas cadeiras confortáveis, passando o tempo as portas se fecharam, quando dei por mim uma moça estava dizendo o que deveríamos fazer... Nossa nessa hora me dei conta que aquela coisa iria subir, falei pro meu pai, não, eu não vou, mas ele disse que não tinha mas como voltar e eu olhei pra ele e disse que o senhor me falou que se eu não quisesse nós não iríamos, ele olhou bravo e disse fique quieta, e não da vexame, nossa quem era aquele, ele nunca havia falado comigo daquela forma, fiquei desolada, apenas contive meu medo e fiquei quieta, meus avós haviam me ensinado que não se devia desobedecer, nem questionar os mas velhos mas isso com certeza vai ser uma lição a ser revista por mim, mas pra frente, pois nem tudo que aprendi se encaixa nesse novo mundo...


DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 4ª parte...


Tudo estava muito confuso em minha cabeça, mas preciso dizer... minha vida nunca mas seria a mesma, se estava ruim agora pela tristeza, a mudança de vida deixaria tudo muito pior, sim muito... pior mesmo, pois fui tirada da minha vida simples, que eu amava, pra entrar em um outro mundo, um mundo que não fazia a menor idéia que existisse, um mundo onde há pessoas boas? Sim há! Mas um mundo onde existem muitas pessoas ruins, gananciosas, maldosas, um mundo que definitivamente não era o meu e onde eu não queria estar...mas um mundo onde eu tive que aprender a sobreviver, aprender a lidar com essas pessoas, aprender a lidar com a falsidade, com a ganância, com pessoas ruins, mas até que eu conseguisse aprender eu sofri e sofri muito, por ser diferente em um mundo superficial, me sentia muito perdida, sem rumo, sem saber pra onde correr...

Mas eu aprendi, e vou escrever tudo que passei desde que coloque os pés saguão daquele aeroporto. Que por sinal foi um capítulo aparte, e vou começar a partir daí.

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 3ª parte...


Para a esposa do comerciante, Senhora aconteceu um acidente, e ela já desesperada perguntou o que tinha acontecido se o esposo e o filho estavam bem - sim, pois o filho deles trabalhava junto com seu pai na cidade, e ele logo respondeu sim seu filho teve ferimentos leves e amanhã estará em casa, segundo os médicos seu marido vai ter que fazer uma cirurgia pois fraturou o braço e quebrou uma perna mas passa bem, eu estava ansiosa pra saber sobre meus avós, aflita pra ele dizer onde meus avós estavam pra que eu pudesse ir vê-los, mas nesse momento ele diz - fique calma, nessa hora fiquei mas desesperada do que nunca, o que houve porque eu tenho que ficar calma, cadê meus avós? E foi nessa hora que ele me deu a pior notícia da minha vida, eles estavam no banco de traz sem o cinto, ao contrario dos passageiros da frente, quando o carro capotou, e eles não resistiram aos ferimentos e foram a óbito...
 Não me lembro de, mas nada a – partir desse momento só lembro estar deitada na cama da esposa do comerciante e com muitas pessoas na casa, comentando sobre o assunto, e ouvi quando o policial disse que estava voltando pra cidade pra resolver tudo e pra ligar pro meu pai, já que ele era o único filho vivo dos meus avós, sim pois meus avós tiveram 3 filhos, 2 homens e 1 mulher, mas infelizmente meu tio que eu não cheguei a conhecer morreu afogado ainda jovem, e minha tia, que tenho poucas lembranças faleceu quando eu ainda era pequena, na hora do parto, ela e o bebe não resistiram, então éramos apenas eu, meus avós e meu pai.

Estava muito desolada com tudo isso, e ainda não acreditando no que havia acontecido, quando me deram algum comprimido que me fez apagar, só acordei no dia seguinte, quando acordei, pensei ter tido apenas um terrível pesadelo, quando notei que não estava em meu quarto nem em minha casa, e vi todos se arrumando para ir à cidade, para o velório dos meus avós, minha vizinha já havia ido até minha casa e feito uma mala, com minhas coisas, e eu perguntei, pra que essa mala, e na mesma hora ela me respondeu, foi um pedido do seu pai, ele está vindo para o velório e você vai com ele. Nossa como assim meus avós partiram e eu vou ter que deixar tudo o que eu conheço pra traz, não eu não quero ir, e ela disse, mas infelizmente, você terá que ir com seu pai, pois você ainda é menor de idade e não tem como ficar aqui sozinha, e ele é o seu pai, você vai ficar melhor com ele.Eu mal conseguia forças pra me manter de pé, mas juntei minhas forças e fui me despedir dos meus PAIS E AVÓS, que me criaram a minha vida toda, me ensinando ser forte, firme, uma pessoa de bem, e com valores, e eles mereciam um enterro digno e eu precisava agradecê-los por tudo que fizeram por mim.Fomos para a cidade, ficamos lá e pouco antes do enterro, meu pai chegou, corri pra ele e desabei a chorar, não conseguia, mas forças pra ser forte, e ele me amparou e disse tudo vai ficar bem!O enterro acabou e fomos em direção a outra cidade, essa sim uma grande cidade, pra irmos pegar um avião, tentei convencê-lo enquanto partíamos, a me deixar viver na casa que eu cresci, disse que sabia me cuidar que meus avós me ensinaram tudo, e ele nem quis ouvir apenas me abraçou e me acolheu em seus braços e disse tudo vai ficar bem...   

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA 2ª parte...


Tudo aconteceu em uma sexta feira, mas começou na quarta-feira da mesma semana com a chegada do meu pai, já fazia 2 meses que ele não vinha me ver pois estava trabalhando muito e viajando muito também, quando eu o vi fiquei muito feliz passamos a tarde juntos fomos até uma cachoeira que tinha nas redondezas, quando chegamos em casa minha avó tina feito bolo de milho que eu e meu pai adorávamos, e eu fui fazer café pra gente tomar, foi tudo muito bom, mas na quinta feira meu pai foi até a cidade próxima pois o celular dele não pegava no sitio, e não tínhamos telefone fixo, (eu via o aparelho do meu pai achava bonito mas tinha até medo de mexer com medo de quebrar...  )
Voltando ao que aconteceu... quando ele voltou ao sitio ele foi logo arrumando suas coisas, a intenção dele era passar o fim de semana comigo mas aconteceu alguma coisa que ele teve que voltar as pressas, sabia que iria demorar muito pra eu poder vê-lo mas, por isso fiquei chateada, mas não havia nada que eu pudesse fazer. Ele arrumou suas coisas e partiu mas antes de ir ele deixou o dinheiro que ele sempre mandava pra mim mas como ele veio me ver ele mesmo o trouxe, e foi por causa desse dinheiro que tudo acontece, ele poderia ter depositado, mas ele depositava na conta dos meus avós e como já havia dito, o banco era longe de nossa casa e ficava difícil pra eles irem até o banco por esse motivo meu pai resolveu trazer em sua visita, e meu pai não sabia que meus avós tinham aberto uma conta em meu nome, e eles preferiam que ele não soubessem que eles quase não usavam o dinheiro, não sei porque eles não queriam que ele soubesse mas eu respeitava a vontade deles.
Meu pai partiu na quinta-feira pouco depois do meio dia, e minha vida voltou ao seu cotidiano, fui dormir e na sexta-feira pela manhã quando acordei pra tomar café e ajudar os meus avós percebi que os dois estavam arrumados e eles só se arrumavam pra ir a cidade, eles sempre iam com um vizinho que morava próximo do sítio e que tinha um pequeno comércio na cidade, ele vendia os produtos que os pequenos produtores incluindo meus avós produziam para complementar a renda, fora ele tinha mas uma pessoa que tinha veiculo que fazia 3 viagens ida e volta para a cidade 1 pela manha outra a tarde e a ultima por volta das 18:00 que era a ultima, esse era o nosso único meio de transporte mas, nesse dia o senhor que fazia as viagens, tinha ido passar uma semana fora e eles aproveitaram a carona do senhor que tinha um pequeno comércio mas eles teriam que passar o dia fora pra voltar com o mesmo senhor que os levou pois ele  voltava no fim do dia, eles foram pra fazer o deposito do ...dinheiro na minha conta, e aproveitaram comprar algumas coisas na cidade, eles partiram e fiquei fazendo minhas coisas cuidando da casa, pois a tarde ia pra escola, estava terminando a 8ª serie do ensino fundamental, já estava praticamente aprovada mas gostava de ir pois encontrava com meus amigos, que não eram muitos mas eram especiais...
Fui pra escola e quando cheguei em casa por volta da 19:30 não encontrei os meus avós, achei estranho então resolvi ir até a casa do senhor que tinha um comércio pra saber o que havia acontecido, talvez eles estivessem La apenas papeando, quando cheguei e chamei a mulher dele ela também estava com ar de preocupação, pois o esposo dela não costumava se atrasar, ele sempre fechava seu comercio pontualmente as 17:00 e chegava em casa por das 18:00 até 18:30 e já era umas 20:00 quando cheguei até a casa dela pra saber dos meus avós, ele me pediu pra entrar pois já estava escuro e como não tinha iluminação no sitio, ela pediu pra esperar que quando ele chegasse ele me levaria em casa, e ela falou o carro deve ter dado algum problema pois ele não estava muito bem por isso se atrasou e seus avós logo logo chegaram também...
Como ela já havia feito o jantar me ofereceu e comi em sua casa quando estava terminando de comer, ouvimos o som e o farol de um carro e ela disse ta vendo demorou mas ele está ai, ele deve ter deixado seus avós na casa deles antes mesmo de ele entrar vou pedir pra ele te levar em sua casa pros seus avós não ficarem preocupados por você não estar em casa, e eu concordei, m\as quando saímos pra falar com o marido dela qual foi nossa surpresa não era seu esposo era o carro da guarda da cidade, e eles não estavam boa não, foi nesse momento que recebi a pior noticia da minha vida, a noticia que iria mudar minha vida drasticamente, quando ele saiu do veiculo e disse...

DIÁRIO DE UMA DESCONHECIDA (1ª Parte)


Quem sou? Não importa
Porque decidi escrever, pra não esquecer tudo que vi, vivi, sofri e aprendi nessa vida.
Morava com os meus avós em um sítio pequeno e afastado, esquecido pelo mundo e pelo tempo, plantávamos e colhíamos quase tudo que precisávamos, para as poucas casas ao redor vendíamos um pouco do que plantávamos, pra complementar nossa renda e pra comprar o que faltava.
Não conheci minha mãe e meu pai, foi para outro estado tentar melhorar de vida quando eu ainda era pequena, ele foi terminar seus estudos e trabalhar, eu o via uma 4 ou 5 vezes no ano, o que era bom mas não sentia muito sua falta pois cresci sem sua presença. E para ele ir para uma cidade grande foi muito bom pois ele alcançou todos os seus objetivos, tinha uma empresa era bem sucedido morava em uma boa casa, mas nunca quis ir com ele eu gostava da minha vida simples com meus avós, ele me mandava dinheiro todo mês mas quase nunca precisávamos usar por isso meus avós abriram uma conta em meu nome em uma banco na cidade mas próxima do sítio que ficava a mais de uma hora de carro, e essa cidade era bem pequena ainda, minha avó dizia que um dia eu podia precisar.
Eu estudava em uma escola pequena, os alunos não chegavam a 80 pessoas, mas era muito bom, não tínhamos internet nem celular, o sinal não chegava, na realidade eu nem sabia o que era.
Mas do dia pra noite minha vida mudou, mudou da pior forma possível, não sei como consegui suportar, mas Deus me deu forças e hoje estou forte de de pé, aprendi muito e não desmoronei...



Era uma sexta feira meus avós...